Inclusão e Diversidade: Resistência em Tempos de Retrocesso

19/08/2025 às 15:42

3 minutos de leitura

Inclusão e Diversidade: Resistência em Tempos de Retrocesso

19/08/2025 às 15:42

• 3 minutos de leitura

Por Kelly Cristina, gerente de desenvolvimento organizacional na AB Mauri

Falar sobre inclusão e diversidade é, para mim, lembrar de momentos que marcaram minha história. Momentos que me ensinaram, na prática, o que é empatia, respeito e pertencimento. Desde criança, sentia um incômodo difícil de explicar ao ver injustiças no dia a dia, pessoas sendo silenciadas, identidades sendo apagadas. Essa dor virou impulso. E transformar esse olhar em propósito é, sem dúvida, uma das conquistas mais significativas da minha trajetória na AB Mauri. Não está só no que eu defendo. Está no legado que escolho construir.

O cenário atual assusta. Em diversas partes do mundo, assistimos a retrocessos preocupantes:  políticas de inclusão sendo descontinuadas, empresas recuando de compromissos que antes pareciam inegociáveis. O que parecia um caminho sem volta agora exige coragem, firmeza e posicionamento.

É nos momentos difíceis que a gente mostra quem é de verdade. É agora que as empresas precisam decidir se seus valores estão só no discurso ou fazem parte do dia a dia. Na AB Mauri, a gente escolhe fazer o certo, sempre. Desde o começo, encontrei aqui um ambiente onde valores humanos são levados a sério. Fazer o certo não é só parte da nossa cultura. É o que sustenta nossa estratégia. ESG não é algo à parte. É a base de como a gente atua. E inclusão e diversidade não são ações pontuais. São os filtros pelos quais tomamos decisões todos os dias.

É com esses valores que construímos políticas, práticas e programas que fazem a diferença na nossa cultura e na vida das pessoas. Entendemos que Inclusão e Diversidade não têm começo, meio e fim. São compromissos vivos, que movem nossas escolhas e moldam decisões em todas as áreas, da operação ao planejamento estratégico. Tenho muito orgulho de cada passo que damos como equipe. Ninguém cresce sozinho.

Liderar o Comitê de Inclusão e Diversidade tem sido uma jornada transformadora. Entre tantas iniciativas, destaco três que me marcaram profundamente: o letramento dos líderes em Liderança Inclusiva, que abriu espaço para conversas importantes sobre vieses e atitudes mais humanas; a criação dos grupos de afinidade e aliados, que promovem pertencimento e apoio e geraram projetos cheios de afeto; e a Semana de Inclusão e Diversidade, que se transformou na Semana ESG, um evento anual, aberto e plural, onde discutimos temas como equidade racial e sustentabilidade com profundidade, escuta e propósito.

O Brasil é um país naturalmente diverso. Refletir essa pluralidade dentro da empresa não é só uma meta. É um compromisso com quem somos coletivamente. Ainda temos muito a aprender e melhorar, e reconhecemos isso com responsabilidade. Mas não abrimos mão da consistência, da coragem e do compromisso genuíno. Diversidade não pode ser moda. Inclusão não pode ser protocolo. São escolhas conscientes que sustentam uma cultura verdadeiramente humana.

Por isso, deixo aqui um chamado. Um convite firme para todas as empresas que querem construir um legado positivo: sustentem seus compromissos, mesmo quando o cenário for adverso. Porque é justamente nesses momentos que a diferença acontece. Resistir também é avançar.

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